Dinâmica de Sintegração (06/10)

    Na aula do dia 06/10, foi realizada uma dinâmica de sintegração no qual temas, extraídos de textos sugeridos pelos professores, deveriam ser debatidos em 4 rodadas, com grupos diferentes. Para minha experiência, isso nos possibilitou refletir a respeito de vários temas além de refletir e interagir com os colegas e ouvir suas perspectivas, somando ao nosso repertório seus pontos de vista a respeito do assunto.  
    
    No meu primeiro grupo, tive o papel de crítico, onde foi proposto "Discutir a relação do virtual com a vida cotidiana (com a sociedade / tempo-espaço — tendo como referência inicial o Familistério)", no qual foi pontuado que  se trata da ambientação da arquitetura e fazer do espaço mutável, de modo que se possibilite que o espaço se atualize e se altere, tendo em vista que cada um usa o espaço de uma forma, o projeto deve se adaptar, abrindo possibilidades para vários usos. O cotidiano precisa de um ambiente mais flexível para se desenvolver de forma plena, e o espaço deve se adaptar de acordo com as pessoas que o frequentam e seu envelhecimento. 
    O Familistério é um palácio para o povo - onde várias pessoas moram juntas, com espaços comunitários, dando mais ênfase em áreas comuns do que em moradias individuais. Tal edifício tolhe a liberdade das pessoas, ou seja, é limitador, pois ignora os desejos e as vontades das pessoas que o frequentam. Desse modo, é difícil construir uma casa completamente virtual, o arquiteto deve dar adaptabilidade para o espaço a ser frequentado, se colocando no lugar de quem realmente usará o espaço.
    
    No meu segundo grupo, tive o papel de discutir o tema: "A possibilidade da magia pela experiência e não da mágica pelo truque (ou seja, pela ignorância dos processos), como recurso para promover a abertura ao outro (conforme indicado nos textos de Flusser, Haque e Gullar)". Desse modo, foi se discutido que, apesar da pessoa não saber o que está acontecendo em um projeto, ela deve experienciar e entender o que esta acontecendo, sem impressionar com um simples truque. A obra deve ser algo que seja reativo, mas que pareça proativo. O indivíduo pode se encantar com um projeto, mas sem participar dele.
O ideal seria que as pessoas participassem dos processos do projeto, proporcionando, a elas, uma melhor experiência, ou seja, quem usará o projeto deveria participar do projeto.
    A magia não se encontra na estrutura do processo, mas sim no processo em si, independentemente do conhecimento por parte do individuo do truque que o faz, a experiência deve ser interessante independente do truque.
    
    Já no meu 3º grupo, foi se discutido o objetivo de cada espaço, de tal forma que ele deva ser repensado a fim de seu uso não seja restringido, tendo em mente a viabilidade do local escolhido. Não é possível fazer qualquer coisa em qualquer espaço (ex.: cozinha no menor cômodo de um apartamento).
    Entendeu-se que o obstáculo não necessariamente é um gerador de problemas, ele pode gerar soluções ao abrir a possibilidade para novas interpretações, designs e usos a partir dele, no entanto nem todo obstáculo tem uma solução viável. Alguns podem proporcionar soluções criativas, porém outros devem ser superados. Vale ressaltar que cada usuário tem um desejo diferente, de modo que os obstáculos são relativos a cada um.
    As construções não são eternas, os prédios têm uma certa obsolescência programada, o propósito de um edifício pode mudar, sem ser muito restrito ou muito livre, de certo modo que o espaço deve ter uma certa preparação para possíveis funções futuras, mas sem comprometer a função inicialmente proposta.
    
    No meu último grupo, foi discutida a transição do bidimensional para o não-objeto tridimensional, que proporciona a interatividade com o objeto, de um modo abstrativo, criando um não objeto, ou seja, sem uma diretriz ou representação, de modo que o expectador não seja induzido a interpretar o objeto de uma determinada maneira. 
    Isso é proporcionado por meio de interações sensoriais. O expectador deve interagir com ele para o não objeto tridimensional ter algum efeito. Essa transição do 2d para o 3d não deve depender apenas do visual fazendo o uso de outros sentidos também, de modo que convide o indivíduo a interação Esse processo é o que estamos fazendo agora com aia, saindo do bidimensional para o tridimensional interativo.

       Essa experiência me proporcionou novos insights a respeito do espaço, entendendo que ele não deve ser algo fixo, imutável, mas sim algo flexível, mas ainda tendo em mente o propósito inicial dele, proporcionando a realização os desejos e anseios daquele que o frequenta, o melhor método para se atingir isso é ouvir o que os frequentadores querem daquele espaço. Também entendi que cada espaço possui obstáculos, que devem ser contornados, o que proporciona soluções criativas, além de que o não-objeto deve convidar o "espectador" para a interação, fazendo o uso não somente da visão, mas também dos outros sentidos.  

 

 

 

 


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